domingo, 27 de janeiro de 2013

PROJETO ESCOLHA CERTA

olá ja faz muito tempo que não posto no blog afinal a ultima postagem foi em 2010 quando tinha apenas 10 anos hoje com 13 estou em um novo projeto interiçados visitem. http://escolhacertasouzalobo.blogspot.com.br/ tem varios conteudos sobre o assunto... nave mãe ambiental, dia 26 de janeiro de 2013, 03:07 FUI!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ambiente salvo


Nos podemos mudar nem que seja só um pouco com nosso planeta, ai vão algumas dicas:

1- Podemos diminuir o consumo de água, primeiramente no banho e quando for lavar a calçada lave com um balde com um pano e uma vassoura vai levar um pouco mais de tempo mas você vai economizar dinheiro, água e principalmente ajudar o meio ambiente.

2-podemos sempre que sair do quarto desligar a luz e também quando não estiver usando a televisão desligue-a (o mesmo vale para o computador,vídeo-game e etc...)

vamos ajudar nosso planeta!!!

domingo, 13 de junho de 2010


Na composição da água entram dois gases: duas partes de hidrogênio (símbolo: H) e uma parte de oxigênio (símbolo: O). Sua fórmula química é H2O.

Três quartos da superfície da Terra são recobertos por água. Trata-se de quase 1,5 bilhão de km3 de água em todo o planeta, contando oceanos, rios, lagos, lençóis subterrâneos e geleiras. Parece inacreditável afirmar que o mundo está prestes a enfrentar uma crise de abastecimento de água. Mas é exatamente isso o que está para acontecer, pois apenas uma pequeníssima parte de toda a água do planeta Terra serve para abastecer a população.

Vinte e nove países já têm problemas com a falta d'água e o quadro tende a piorar. Uma projeção feita pelos cientistas indica que no ano de 2025, dois de três habitantes do planeta serão afetados de alguma forma pela escassez - vão passar sede ou estarão sujeitos a doenças como cólera e amebíase, provocadas pela má qualidade da água. É uma crise sem precedentes na história da humanidade. Em escala mundial, nunca houve problema semelhante.

Tanto que, até 30 anos atrás, quando os primeiros alertas foram feitos por um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), ninguém dava importância para a improvável ameaça.
A água e o corpo humano

Os primeiros seres vivos da Terra surgiram na água há cerca de 3,5 bilhões de anos. Sem ela, acreditam os cientistas, não existiria vida. A água forma a maior parte do volume de uma célula. No ser humano, ela representa cerca de 70% de seu peso. Uma pessoa de 65 kg, por exemplo, tem 45 kg de água em seu corpo. Daí sua importância no funcionamento dos organismos vivos. O transporte dos sais minerais e de outras substâncias, para dentro ou para fora da célula, é feito por soluções aquosas. Mesmo a regulagem da temperatura do corpo depende da água - é pelo suor que "expulsamos" parte do calor interno.
Dia Mundial da Água

A Organização das Nações Unidas instituiu, em 1992, o Dia Mundial da Água - 22 de março. O objetivo da data é refletir, discutir e buscar soluções para a poluição, desperdício e escassez de água no mundo todo. Mas há muitos outros desafios: saber usá-la de forma racional, conhecer os cuidados que devem ser tomados para garantir o consumo de uma água com qualidade e buscar condições para filtrá-la adequadamente, de modo a tirar dela o máximo proveito possível.
Os Direitos da Água

A ONU redigiu um documento intitulado Declaração Universal dos Direitos da Água. Logo abaixo, você vai ler os seus principais tópicos:

1. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: é rara e dispendiosa e pode escassear em qualquer região do mundo.
2. A utilização da água implica respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza.
3. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
4. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade e precaução.
5. A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo a nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
6. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável pela água da Terra.
7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8. A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Dela dependem a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura.
9. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
10. A gestão da água impõe um equilíbrio entre a sua proteção e as necessidades econômica, sanitária e social.

Ciclo da Água

A água, na natureza, está sempre mudando de estado físico. Sob a ação do calor do Sol, a água da superfície terrestre se evapora e se transforma em vapor d'água. Este vapor sobe para a atmosfera e vai se acumulando. Quando encontra camadas frias, se condensa, formando gotinhas de água que juntam-se a outras gotinhas e formam as nuvens.

As nuvens formadas, quando ficam muito pesadas por causa da quantidade de água nelas contida, voltam à superfície terrestre em forma de chuva. Uma parte da água das chuvas penetra no solo e forma lençóis de água subterrâneos. Outra parte corre para os rios, mares, lagos, oceanos etc. Com o calor do Sol, a água volta a evaporar.
Ciclo da água. Lençóis de água.
Água potável e água tratada

A água é considerada potável quando pode ser consumida pelos seres humanos. Infelizmente, a maior parte da água dos continentes está contaminada e não pode ser ingerida diretamente. Limpar e tratar a água é um processo bastante caro e complexo, destinado a eliminar da água os agentes de contaminação que possam causar algum risco para a saúde, tornando-a potável. Em alguns países, as águas residuais, das indústrias ou das residências, são tratadas antes de serem escoadas para os rios e mares. Estas águas recebem o nome de depuradas e geralmente não são potáveis. A depuração da água pode ter apenas uma fase de eliminação das substâncias contaminadoras, caso retorne ao rio ou ao mar, ou pode ser seguida de uma fase de tratamento completa, caso se destine ao consumo humano.
Água Contaminada

Um dos principais problemas que surgiram neste século é a crescente contaminação da água, ou seja, este recurso vem sendo poluído de tal maneira que já não se pode consumi-lo em seu estado natural. As pessoas utilizam a água não apenas para beber, mas também para se desfazer de todo tipo de material e sujeira. As águas contaminadas com numerosas substâncias recebem o nome de águas residuais. Se as águas residuais forem para os rios e mares, as substâncias que elas transportam irão se acumulando e aumentam a contaminação geral das águas. Isto traz graves riscos para a sobrevivência dos organismos.

Existem vários elementos contaminadores da água. Alguns dos mais importantes e graves são:

* Os contaminadores orgânicos: são biodegradáveis e provêm da agricultura (adubos, restos de seres vivos) e das atividades domésticas (papel, excrementos, sabões). Se acumulados em excesso produzem a eutrofização das águas.
* Os contaminadores biológicos: são todos aqueles microrganismos capazes de provocar doenças, tais como a hepatite, o cólera e a gastroenterite. A água é contaminada pelos excrementos dos doentes e o contágio ocorre quando essa água é bebida.
* Os contaminadores químicos: os mais perigosos são os resíduos tóxicos, como os pesticidas do tipo DDT (chamados organoclorados), porque eles tendem a se acumular no corpo dos seres vivos. São também perigosos os metais pesados (chumbo, mercúrio) utilizados em certos processos industriais, por se acumularem nos organismos.

Mar

Desde a Antiguidade, os mares são os receptores naturais de grandes quantidades de resíduos. O Mediterrâneo, o mar do Norte, o canal da Mancha e os mares do Japão são alguns dos mais contaminados do mundo. Os agentes contaminadores que trazem maior risco ao ecossistema marinho são:

* Os acidentes com barcos petroleiros que provocam grandes desastres ecológicos, poluindo a água do mar.
* O petróleo, como conseqüência dos acidentes, descuidos ou ações voluntárias.
* Os produtos químicos procedentes do continente, que chegam ao mar por meio da chuva e dos rios ou das águas residuais.

O problema já começou

A falta d'água já afeta o Oriente Médio, China, Índia e o norte da África. Até o ano 2050, as previsões são sombrias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 50 países enfrentarão crise no abastecimento de água.

China - O suprimento de água está no limite. A demanda agroindustrial e a população de 1,2 bilhão de habitantes fazem com que milhões de chineses andem quilômetros por dia para conseguir água.

Índia - Com uma população de 1 bilhão de habitantes, o governo indiano enfrenta o dilema da água constatando oesgotamento hídrico de seu principal curso-d'água, o rio Ganges.

Oriente Médio - A região inclui países como Israel, Jordânia, Arábia Saudita e Kuwait. Estudos apontam que dentro de 40 anos só haverá água doce para consumo doméstico. Atividades agrícolas e industriais terão de fazer uso de esgoto tratado.

Norte da África - Nos próximos 30 anos, a quantidade de água disponível por pessoa estará reduzida em 80%. A região abrange países situados no deserto do Saara, como Argélia e Líbia.
Motivo para guerras

A humanidade poderá presenciar no terceiro milênio uma nova modalidade de guerra: a batalha pela água. Um relatório do Banco Mundial de 1995 já anunciava que as guerras do próximo século serão motivadas pela disputa de água, diferentemente dos conflitos do século XX, marcados por questões políticas ou pela disputa do petróleo. Uma prévia do que pode ocorrer num futuro próximo aconteceu em 1967, quando o controle da água desencadeou uma guerra no Oriente Médio.

Naquele ano, os árabes fizeram obras para desviar o curso do rio Jordão e de seus afluentes. Ele é considerado o principal rio da região, nasce ao sul do Líbano e banha Israel e Jordânia. Com a nova rota, Israel perderia boa parte de sua capacidade hídrica. O governo israelense ordenou o bombardeamento da obra, acirrando ainda mais a rivalidade com os países vizinhos.
Riqueza brasileira

Quando o assunto é recursos hídricos, o Brasil é um país privilegiado. O território brasileiro detém 20% de toda a água doce superficial da Terra. A maior parte desse volume, cerca de 80%, localiza-se na Amazônia.

É naquela região desabitada que está a maior bacia fluvial do mundo, a Amazônica, com 6 milhões de quilômetros quadrados, abrangendo, além do Brasil, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. A segunda maior bacia hidrográfica do mundo, a Platina, também está parcialmente em território brasileiro.

Mas a nossa riqueza hídrica não se restringe às áreas superficiais: o aqüífero Botucatu/Guarani, um dos maiores do mundo, cobre uma área subterrânea de quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados, 70% dos quais localiza-se em território brasileiro. O restante do potencial hídrico distribui-se de forma desigual pelo país. Apesar de tanta riqueza, as maiores concentrações urbanas encontram-se distantes dos grandes rios, como o São Francisco, o Paraná e o Amazonas.

Assim, dispor de grandes reservas hídricas não garante o abastecimento de água para toda a população.
Seca no Nordeste

Este é um problema que tem solução. Desviar parte da água do rio São Francisco para a região semi-árida é uma idéia antiga. Na prática, seria construída uma rede de canais para abastecer açudes dos Estados atingidos pela falta d'água, como Pernambuco, Ceará e Paraíba. Especialistas calculam que um projeto desse seria capaz de levar água a 200 municípios e 6,8 milhões de brasileiros.
Como economizar água

Não demore muito tempo no chuveiro. Em média, um banho consome 70 litros de água em apenas 5 minutos, ou seja, 25.550 litros por ano.

Preste atenção ao consumo mensal da conta de água. Você poderá descobrir vazamentos que significam enorme desperdício de água. Faça um teste; feche todas as torneiras e os registros de casa e verifique se o hidrômetro - aparelho que mede o consumo de água - sofre alguma alteração. Se alterar, o vazamento está comprovado.

Você pode economizar 16.425 litros de água por ano ao escovar os dentes, basta molhar a escova e depois fechar a torneira. Volte a abri-la somente para enxaguar a boca e a escova.

Prefira lavar o carro com balde em lugar da mangueira. O esguicho aberto gasta aproximadamente 600 litros de água. Se você usar balde, o consumo cairá para 60 litros.

Cuidado: Nada de "varrer" quintais e calçadas com esguicho; use a vassoura!
Curiosidades

Cada brasileiro gasta 300 litros de água por dia. Apenas metade disso seria suficiente para suprir todas as necessidades. Além disso, grande parte dos reservatórios está contaminada, principalmente em regiões mais populosas.

Na maioria dos países, é no campo que ocorre o maior consumo de água: a agricultura intensiva consome mais de quinhentos litros por pessoa ao dia. De 1900 até os nossos dias, a superfície de cultivo irrigado triplicou. Os sistemas tradicionais de irrigação aproveitam apenas 40% da água que utilizam. O resto evapora ou se perde.

Ainda no século passado, viviam na Europa ursos, lobos, corças, camurças, cabritos-monteses, águias, galos dos bosques, faisões dos montes e outros. Hoje, pode-se caminhar por horas e horas ao longo de uma picada nos campos, sem ouvir o canto de um pássaro ou um ruído de um animal. É a "natureza silenciosa", um dos aspectos negativos das conquistas da nossa atual civilização.

Não a violência aos animais! Proteja os animais em extinção.

Trata-se de uma realidade que não pode ser ignorada: em todo o mundo, espécies inteiras de animais estão se extinguindo. As causas? Um cientista alemão, Vinzens Ziswiler, escreveu com amarga ironia: "A causa... o homem pode vê-la sempre que se olhar no espelho..."
Reação em cadeia

Boa parte das vezes a destruição poderia ter sido evitada ou, pelo menos, reduzida. Deve ser evitada ou reduzida, porque se o homem continuar a destruir a natureza acabará por se destruir a si próprio.

Se uma floresta é derrubada, por exemplo, desaparecem as ervas e frutos (alimento de certos bichos), e se lhes rouba também o refúgio natural; esses animais fogem ou morrem, e seu desaparecimento prejudica outros animais, que deles se alimentavam. É uma verdadeira reação em cadeia, cujo desastroso resultado final é o desaparecimento da fauna de regiões inteiras.
É caso para desesperar-se?

Sim e não. Sim, porque algumas espécies não poderão ser salvas, mesmo se forem poupadas pelo homem. Por outro lado, existem motivos de otimismo. Em alguns casos, as medidas de proteção permitem preservar muitas espécies e até fazê-las aumentar em número. Isso graças aos parques nacionais, que existem em diversos países. No Brasil, existem dezesseis parques e 27 reservas ecológicas.

sábado, 12 de junho de 2010


# Ao tomar banho: um banho demorado chega a gastar de 95 a 180 litros de água. Banhos curtos economizam água e energia elétrica.

# Ao escovar os dentes: com a torneira aberta, o gasto é de até 25 litros. Primeiro escove e depois abra a torneira para encher um copo com a quantidade necessária para o enxágüe.

# Ao apertar a descarga: uma válvula de privada no Brasil chega a utilizar 20 litros de água em um único aperto. Por isso aperte apenas o tempo necessário.

# Ao usar as torneiras: uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros de água por minuto e se estiver pingando são 46 litros por dia.

# Ao lavar louças: lavar as louças, panelas e talheres com a torneira aberta o tempo todo acaba desperdiçando até 105 litros. O certo é primeiro escovar e ensaboar e depois enxaguar tudo de uma só vez.

# Ao lavar calçadas: muitas pessoas utilizam a mangueira como vassoura, desperdiçando água tratada na lavagem das calçadas. Use a vassoura e quando necessário um balde ao invés de deixar a mangueira aberta o tempo todo.

# Ao lavar roupas: apenas use a máquina de lavar quando estiver bem cheia.

# Ao lavar o automóvel: gasto médio de 560 litros em 30 minutos. Lavar apenas quando for realmente preciso, usando um balde em vez de mangueira, e economiza será de 520 litros.

# Ao molhar plantas: primeiro, consulte a meteorologia para ver se vai chover! Regar somente o necessário usando um esguicho tipo "revólver", que libera a água só quando adicionado. Armazena a água da chuva para molhar suas plantas.

O Verde do Brasil


O Brasil é aclamado como um dos países – para não dizer “o país” – mais verde do planeta. De fato, a maior parte da maior floresta tropical do mundo, a floresta Amazônica, está em território brasileiro (o que equivale a mais de 4 milhões km²).

O país também detém a maior planície de inundação contínua do mundo, o Pantanal, com 250 mil km² de extensão, com uma riqueza biológica única. E não é só: o Brasil possui a maior biodiversidade do planeta: de cada cinco espécies existentes, uma encontra-se no país. A diversidade de espécies animais e vegetais é tanta que ninguém sabe seu número exato – a estimativa é que se conheça apenas 10% da vida do país.

A água, tão importante para a manutenção de todo esse verde, também é farta no país, que detém a maior reserva de água doce não congelada do planeta, correspondendo a 12% do total mundial. O verde é tão marcante no país que até nossa bandeira é dominada por ele.

Mas toda essa exuberância verde brasileira está ameaçada. Se por um lado os números acima são impressionantes, por outro, o número de desmatamente, poluição e extinção de espécies animais e vegetais também impressionam. Somos ao mesmo tempo campeões do “verde”, e campeões em destruí-lo.

O Brasil é campeão de área absoluta desmatada e de velocidade de devastação, de acordo com estudo norte-americano intitulado de "Desmatamento em Florestas Tropicais 2000-2005”. O país foi responsável por 47,8% do desmatamento de florestas tropicais úmidas no período, com taxa anual de 26 mil km² - quatro vezes mais do que o segundo colocado, a Indonésia, com 12,8%.

Apesar dos dados serem de quatro anos atrás, é só acompanhar as manchetes de qualquer jornal para entender que esse cenário não mudou – pelo menos não para melhor. Uma de nossas maiores riquezas, a floresta Amazônica, sofre ano a ano com taxas alarmantes de desmatamento. Em toda a história do Brasil foram destruídos 17% da Floresta Amazônica.

Apenas em um período de nove meses - de agosto do ano passado a abril deste ano – 5.850 Km² foram desmatados, de acordo com dados do sistema DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real, divulgados pelo INPE – Instituto de Pesquisas Espaciais. Ainda de acordo com o INPE, em 20 anos de monitoramento e fiscalização, o desmatamento na Amazônia jamais caiu abaixo de 11.000 km2 por ano.

Mas não é só a floresta Amazônica que sofre com o desmatamento. A Mata Atlântica e o Cerrado – outros dois importantíssimos biomas brasileiros, que possuem uma biodiversidade única, também estão seriamente ameaçados.

A Mata Atlântica, que originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta, estendendo-se por 1,3 milhão de quilômetros quadrados, hoje possui apenas 7% de sua extensão original (aproximadamente 52.000 km2). O Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, localizado na região central do país, originalmente possuía 2 milhões de km² de vegetação, e hoje está reduzido a apenas 20%. O desmatamento do Cerrado é alarmante, chegando a 3 milhões de hectares por ano, o equivalente a 2,6 campos de futebol por minuto.

O desmatamento desenfreado coloca o Brasil entre os maiores emissores do mundo de gás carbônico (maior causador do efeito estufa) e metano na atmosfera. Entre 60% a 75% das emissões brasileiras são provenientes dos desmatamentos da floresta tropical. Se os relatórios tradicionais de emissões de gás carbônico no mundo contabilizassem as emissões provenientes de desmatamento, o Brasil ficarem entre os cinco maiores emissores de carbono do mundo. Mesmo quando não é contabilizado, o país fica entre os 20 maiores emissores, ocupando a 18ª posição, segundo a Netherlands Environmental Assessment Agency.

Outro lado negativo do desmatamento é a extinção de espécies. Só o desmatamento da floresta Amazônica provocou a extinção 26 espécies de animais e plantas, segundo um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). E os dados são de 2006. Imagine o número de espécies ameaçadas e extintas hoje, ainda mais se contabilizarmos o desmatamento do Cerrado e da Mata Atlântica! Segundo o Ministério do Meio Ambiente, esse número seria de 600 espécies ameaçadas só de animais.

A água, outro bem que se torna mais precioso (e raro) a cada dia também está ameaçada no Brasil. Apesar de possuir a maior reserva de água doce do planeta, o país sofre com a escassez em certas regiões e a falta de água potável em várias regiões é uma ameaça real. Os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento.

Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino, e pelo uso de agrotóxicos nos campos de lavoura. Nas grandes cidades, esse comprometimento da qualidade é causado por despejos de esgotos domésticos e industriais, além do uso dos rios como convenientes transportadores de lixo.

O verde no Brasil está seriamente ameaçado. É chover no molhado dizer que é necessário uma série de medidas para preservar nossa riqueza ambiental, além de educar e conscientizar toda a população e os governantes para tanto, mas essa afirmação se mantém real – e urgente. Caso contrário, corremos o sério risco de perder todo nosso verde – até o da nossa bandeira.

Água em crise


Diversos pesquisadores e especialistas têm atribuído a problemática da água a dois fatores fundamentais: escassez e gestão. A “crise da água” vivida atualmente pela humanidade se deveria a uma ou outra variável.

Para Adolpho José Melfi, professor titular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), no entanto, não se trata de um problema causado apenas pela gestão ou pela escassez do recurso natural, mas sim pelos dois fatores intimamente interligados.

“É inegável que hoje temos um problema causado pela escassez, devido principalmente à distribuição desigual de água no planeta e agravado pela má gestão, que sempre foi pontual e setorial, deixando de ser integrada para resolver a questão das bacias hidrográficas brasileiras de modo mais sistêmico”, disse Melfi à Agência FAPESP.

O reitor da USP de 2001 a 2005 e que também já integrou o Conselho Superior da FAPESP, esteve na semana passada na Fundação, como um dos palestrantes do workshop que sucedeu a cerimônia de assinatura do termo de cooperação entre a FAPESP e a Sabesp para apoio à pesquisas em recursos hídricos e saneamento. Melfi falou sobre “Água: Pesquisa para a sustentabilidade”.

“As consequências dessa crise são claras para países como o Brasil. Ainda que tenhamos 14% de todos os recursos hídricos do mundo, grandes cidades, como São Paulo, estão no limite da escassez”, disse.

Ao enfatizar as consequências de problemas de gestão e de escassez, que para ele representam um dos maiores desafios para as próximas décadas, Melfi ressaltou que a soma de todas as atividades humanas, sejam agrícolas, industriais, de serviços, lazer e outras, resulta em um consumo aproximado de 20 milhões de litros por ano por habitante do planeta.

Esse consumo elevado faz com que pelo memos 26 países se encontrem atualmente no que o pesquisador define como “situação de penúria”, sendo que mais 50 devem atingir esse patamar até a metade deste século.

Melfi é membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências da América Latina, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, da Académie d'Agriculture de France e da Académie des Sciences d'Outre Mer, também na França.

É detentor de vários prêmios acadêmicos, como a Medalha de Prata de Geologia, a Gran Cruz do Mérito Científico, a Palma Acadêmica do governo francês e o prêmio de Geocientista do Ano de 2004 da Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento. Desde 2007 é diretor do Centro Brasileiro de Estudos da América Latina da Fundação Memorial da América Latina.

Segundo Melfi, com relação ao uso da água nas sociedades modernas, em média 69% são para atividades agrícolas, 23% para a indústria e 8% para atividades urbanas. “Mas temos observado que mesmo países com grande quantidade de água podem ter regiões com pouca disponibilidade do recurso. Entre os fatores que mais explicam a distribuição heterogênea da água estão a ocupação do solo e as variações do clima”, apontou.

No Brasil, segundo ele, o uso mais intenso está na irrigação de culturas, com 69%, seguido pela utilização para a criação animal (11%), uso urbano (11%), industrial (7%) e rural (2%).

Melfi usou também dados do Relatório sobre Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) de 2006, que aponta que 1,2 bilhão de pessoas estariam atingidas diretamente pela escassez de água.

De acordo com o relatório, 2,7 bilhões devem ser atingidas até 2025, 2,6 bilhões não contam com saneamento básico e 1,8 milhão de crianças morrem anualmente por infecções transmitidas por água insalubre.

De acordo com Melfi, esse panorama tende a se agravar, uma vez que a demanda por água continua a crescer devido ao aumento populacional de cerca de 90 milhões de habitantes por ano no mundo, alidado a fatores como a necessidade de produzir maior quantidade de alimentos e a rápida industrialização dos países em desenvolvimento, nos quais a indústria aumentou o consumo de água em cerca de 30 vezes apenas no século 20.

Pesquisa básica e aplicada

Para o enfrentamento da crise, Melfi sugere que uma das principais saídas estaria na realização de mais pesquisas científicas, tanto básicas como aplicadas, que levem, sobretudo, à redução do consumo e ao reúso de água.

“A pesquisa sobre o assunto é fundamental e deve ser multidisciplinar, envolvendo todos os elementos possíveis que constituem a paisagem natural e os sistemas hídricos. Os estudos precisam ainda ser sistemáticos no sentido do constante monitoramento dos resultados. Nesse sentido o acordo FAPESP-Sabesp é fantástico por garantir a continuidade dos projetos, que deverão ter longa duração”, disse.

O termo de cooperação entre as instituições prevê um investimento de até R$ 50 milhões, sendo metade de cada uma, ao longo de cinco anos, voltados para o financiamento de projetos propostos por pesquisadores de universidades e institutos de pesquisa paulistas e da empresa de saneamento.

Serão apoiadas pesquisas em sete principais eixo temáticos: “Tecnologia de membranas filtrantes nas estações de tratamento de água e de esgoto”; “Alternativas de tratamento, disposição e utilização de lodo de estações de tratamento de água e estações de tratamento de esgotos”; “Novas tecnologias para implantação, operação e manutenção de sistemas de distribuição de água e coleta de esgoto”; “Novas tecnologias para melhorias dos processos de operações unitárias”; “Monitoramento da qualidade da água”; “Eficiência energética”; e “Economia do saneamento”.